Silêncio.
Não
era bem assim que eu costumava lembrar da gente. Nem no começo, logo que nos
conhecemos. Você me mandava sms de bom dia, boa tarde, boa noite e eu te falava
sobre como tinha sido meu dia e sobre como minha vida estava e o que estava por
vir em algum tempo.
Às
vezes, durante a madrugada mesmo, você me ligava e apesar de tentar falar
baixinho para não acordar a casa toda, você sempre dava um jeitinho de me fazer
rir e passávamos o resto da manhã jogando conversa fora, como bons amigos
fazem. Mas é o que dizem por aí.
Tudo muda o tempo todo.
Estávamos
cada vez mais próximos e nem de amigo eu te chamava mais. Você adquiriu
"amor" ao seu nome e meu bem, não foi ironia da minha parte. Eu realmente amei. Conversávamos dia e
noite sem intervalos, era como se nossos assuntos não tivessem fim e por mais inúteis
que fossem, um queria estar ali para o outro.
Nem que fosse só para ouvir o
timbre da voz.
Mas parece que relações fortes
assim têm prazo de validade.
De
uns tempos para cá, parece que nunca fomos do mesmo mundo ou que nunca vivemos
a mesma realidade (juntos). Você não se
encaixa nos meus planos e eu estou sonhando alto demais para manter os pés
firmes no chão, ao lado dos seus.
Hoje
em dia eu mal te vejo, a gente mal se fala e quando meu celular toca, no máximo
é a minha operadora enchendo o saco. Quando foi mesmo a última vez que nos
vimos? Ah claro, foi aquele "encontro" por acidente na rua do meu
trabalho, falamos "oi", "e aí, como anda a vida?" e
murmuramos as respostas ou algo parecido com uma resposta. E, de repente, o
silêncio tomou conta e não tínhamos mais assunto. Como se todos aqueles
assuntos do passado já tivessem vencido o seu prazo de validade.
Agora você só é mais uma combinação
de 8 dígitos na minha agenda.
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