30/05/2013

Fora dos planos


Nunca pensei que pudesse viver cada texto que escondo no fim do meu caderno ou que um dia fosse ouvir as frases que leio nesses romances de literatura estrangeira. Talvez fosse mesmo sonhar alto pensar que as letras da minha banda favorita fizessem tanto sentido para você. Por muito tempo duvidei desses famosos “suspiros apaixonados” e as borboletas que eu jurava ser só historinha. Não são.

Pela primeira vez o “eu te amo” não ardeu no peito, só fez cócegas. E foi bom. As mãos não soaram frio por medo, só por ansiedade e quem sabe um pouquinho de esperança. Dessa vez daria tudo certo, não é mesmo? (Foi você quem disse isso.) As minhas noites mal dormidas não eram consequência de um choro, mas de sorrisos. Eu já nem estava mais escrevendo premeditando o final trágico.

Engraçado como o “diferente” começou como o “igual”.

Igual quando doeu. Igual quando os dias estavam nublados, igual à tempestade que não passava. Igual à hoje. Igual à esse medo.

Então me diga, quando você elogiou minha inteligência, minha simpatia, zombou do meu sotaque, riu daquelas piadas sem graças que eu contava, quando tentava rimar meu nome, quando elogiou meu esmalte, quando passamos horas falando sobre meu sorriso até me deixar sem graça. Quando elogiou meus olhos e disse que se perderia neles. Diga, não era verdade?

Bom, eu até pediria para você continuar mentindo aqui para mim. Seria mais fácil.


Mas meu bem, de cada coisa ruim que me acontece, dez outras coisas dão certo. E te colocar para fora do meus planos foi a melhor delas.


1 comentários:

Anônimo disse... [Responder comentário]

Noossa que prfundo rsrs

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