08/07/2012

Telefonema


Eu nem sabia seu nome, muito menos você sabia o meu e só bastou alguns minutos de trocas de olhares para marcarmos nosso primeiro encontro. Me lembro que na noite do encontro me arrumei muito, troquei de vestido pelo menos umas seis vezes, até decidir por uma saia, torci para que você não tivesse alergia á perfume, já que naquela noite devo ter gastado o frasco todo. Queria estar impecável para você.

Quando nos encontramos na frente do restaurante, você estava lindo em uma camisa xadrez azul e preta, combinando perfeitamente com seus olhos de oceano. Fiquei arrepiada quando senti sua mão em cima da minha, meu estomago revirou e eu desejei não desmaiar ali mesmo nos seus braços.

A noite havia sido perfeita, rimos muito, criticamos até os políticos das Ilhas Virgens, enfim, falamos de tudo o que não nos levou a nada. Eu não sabia seu nome e você continuava sem saber o meu. Nomes? Do que eles importam? Há tantas “Marias” nesse mundo, que diferença faria mais uma? Não éramos desconhecidos. Um nome não faria falta.

Mas um telefonema sim.

Esperei alguns dias, semanas e até meses. Mas você não me ligou, o cara que estava registrado na minha agenda como “olhos de oceano” não fez meu telefone tocar. Não, ele não foi diferente dos outros, foi exatamente igual, só queria roubar meu coração e vendê-lo por aí á preço de banana, já que não valia muito para você..


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