20/06/2012

Vestido azul


Era um setembro qualquer, havia sintonizado o rádio na minha estação preferida, engraçado, minha música preferida estava tocando. Como todas as outras vezes, quando essa música toca, peguei a escova de cabelos e sai rodando pela casa, fingindo ser uma rock star. Sonhos, apenas sonhos.

Na minha parte preferida, naquela em que eu solto meus cabelos e grito o refrão, meu celular tocou, se fosse outra pessoa, eu deixaria a música acabar para só depois atender, mas era você. Fui correndo atender e na maior animação, disse o "alô?" mais rítmico do mundo. E você, em seu tom mais cuidadoso disse: "Amor, estou indo aí." Tinha coisa melhor para acontecer? Minha estação de rádio preferida, minha música preferida, e... minha pessoa preferida! Aquele dia seria perfeito! Coloquei aquele vestido azul que você sempre elogiou.

Quando chegou, nosso beijo foi rápido, nem por isso não foi bom, muito pelo contrário, foi ótimo! (Me deixou com gostinho de "quero mais"). Estranhei você não elogiar meu vestido azul que tanto gostava, mas não questionei, você estava ali e era o que me importava. Quando você sorriu, senti que deveria segurá-lo em meus braços, foi o que fiz. Segurei meu mundo em meus braços.

Você.

Até encontrar aqueles grandes olhos verdes encarando cautelosamente os meus, seus olhos tinham uma lágrima congelada e um opaco profundo. Nem parecia os olhos apaixonados que havia conhecido há 6 meses, também não pareciam os mesmo olhos que no começo desse mesmo setembro me fez ir da terra aos céus com a delicadeza de um toque - Um calafrio correu minha espinha -. Não sabia se também te encarava ou se tentava enxergar através do vazio de seus olhos.

Você só precisou dizer o nome da sua ex combinando com as palavras "sábado passado á noite". Uma simples frase e fez meu mundo desabar na mesma velocidade em que minhas mãos tremiam sobre as suas. As mãos que senti sujas, sujas de um sábado anterior.

Meus lábio se moviam freneticamente, mesmo sem saber o que dizer, disse as palavras mais frias e cruéis que um dia imaginei dizer para você: "Ironia é acreditar que esse amor realmente existiu, quando tão mais distante ele fica. Ironia foi confiar no amor, quando ele insiste em se distanciar!" Joguei no lixo, junto com o vestido azul, meu amor por você.


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