Sem título

Sou como a euforia de uma sexta a noite e a calmaria do domingo á tarde. Sou confusão e seriedade, alegria e tristeza. Sou como uma menininha indo ao seu primeiro encontro, como uma velha viúva á anos. Sou teimosa e maleável, sou preto e branco, colorido. Sou como o sorriso mais doce, como a lágrima mais salgada. Tudo, ao mesmo tempo.

Tenho medo de olhar para trás e ver o quanto mudei. Odiar o que eu era, amar o que eu fui e tentar não fazer refletir no "agora". Vejo quantas mudanças aconteceram, tenho medo de não me reconhecer na próxima vez que olhar para o espelho. Tenho medo das mudanças e do passado.

Sou o que sou porque houveram coisas que me fez crescer. Que fez minha visão do mundo mudar, coisas que se fossem evitadas talvez não me deixaria chegar ao ponto em que cheguei.

A ausência do título foi uma dificuldade minha, demorei "séculos" para pensar em uma palavra que descrevesse o que sou, ou o que sinto.. Mas fui inventar o título e ele se transformou nesse texto, que se eu não colocar ponto final, provavelmente não terá fim. Preferi deixar  "Sem título", algo que eu sinto e sou, não precisa ter nome, basta ser eu, fazer parte de mim. Confusa assim.