14/10/2013

As escolhas de um amor


Antes tudo parecia tão mágico e verdadeiro, eu e ele no jardim de inverno da escola nova, nossa música preferida e o primeiro beijo que aconteceu tão por acaso. Na verdade, lembro-me bem, estávamos brigando por uma besteira qualquer (coisa de melhores amigos) e ele me calou com aquele beijo, que sinceramente foi único que até hoje eu me lembro do calor de seus braços, do toque gélido na minha coluna, dos dedos raivosos entre meus cabelos e principalmente daquela respiração ofegante num dia tão invernal. Eu já contei que foi ao som da nossa música preferida? Parece coisa de cinema né? Até hoje eu ainda não me decido se aquilo foi ou não real, se não fosse pela zuera da minha sala, até hoje eu acharia que estava apenas sonhando. Como em todas as outras vezes.

Naquela época acreditava que iria para a mesma faculdade dele, mesma sala, mesmo transporte e porque não a mesma casa? Pois é, o meu mundo giraria em torno do dele. Construiríamos uma linda família, na qual o alicerce seria o nosso ‘amor’ que cada vez mais explodia dentro do meu peito. Poderia uma garota de 16 anos amar assim?

Resposta essa que não depende só de uma pessoa. Amar por dois dói bastante.

Amor muitas vezes – ou melhor, todas às vezes, é bem diferente daquilo que se lê em romance na prateleira de literatura estrangeira, é totalmente diferente das músicas que se ouve nos embalos de sábado à noite, dos filmes de comédia romântica que lançam no dia dos namorados. Amor é bem diferente do que uma garota de 16 anos sem referência alguma acredita ser. Pena que ela só descobre isso anos mais tarde, depois de dar de cara na parede algumas vezes.

Dizem que o primeiro amor deixa marcas para uma vida toda, não sei se isso tudo foi amor, dá para classificar melhor como fase de amadurecimento. Ok, dá para imaginar o tanto de água que foi desperdiçada molhando os travesseiros durante muitas noites, dá para imaginar que uma garota de 16 anos que ‘ama’ achou que sofreria pelo resto de sua vida, mas não. Tudo isso uma hora tem que passar e você tem que se permitir isso.


Amor significa pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa quão dolorosa seja sua escolha. Muitas vezes, no meio dessas escolhas você tem que deixar o amor partir, mesmo tendo dezesseis anos e acreditando que nunca mais vai amar novamente.


3 comentários:

Anônimo disse... [Responder comentário]

este texto é seu?

Elisandra Fernandes disse... [Responder comentário]

volta siiim Ka!!

Super beijo <3

Elisandra Fernandes disse... [Responder comentário]

siim, todos os textos postados aqui no blog são de minha autoria!

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