Não
sabia como segurar minhas mãos e me abraçar durante o beijo. Era engraçado. E lindo. Mas era o seu tipo.
Todas
as noites antes de dormir, repasso a nossa história na minha cabeça e ainda não
consigo digerir – amor. Cara, erámos
melhores amigos, prometemos inúmeras vezes nunca nos apaixonar e olha onde eu
estou agora, entre os teus braços.
Eu
te contei sobre a minha porcaria de vida amorosa, chorei no seu ombro por causa
de um canalha e tudo o que você fez foi ser sutil – como sempre é – e carinhosamente
murmurou no meu ouvido: “O primeiro amor
deixa marcas para a vida inteira.” Foi isso, mas foi verdadeiro e eu precisava
naquele instante. Não foi diferente contigo, também senti o peso em suas
palavras ao me confessar que seu coração já havia sido partido e que uma faca
havia sido apunhalada nas suas costas. Não conhecia a vadia destruidora de
sonhos, mas já a odiava. E sabia que você também odiava o trouxa que um dia eu cheguei
a amar. Ódio e amor provavelmente não
combinam né? Mas eu neguei, era amizade, eu não podia – não queria – sentir
isso, não por você.
E
quando me perguntou, disse que você não fazia meu tipo.
Não
era meu tipo terno e gravata, mas também não era meu tipo bermuda e camisa. Não curtia skatistas, nem os nerds. Os
loiros são aguados demais, já os morenos não combinavam comigo. Não seria legal
ter um namorado que curte o mesmo rock que o meu e eu nunca namoraria um
pagodeiro. Odeio os caras melosos e
carentes, mas se você fosse “cavalo” não estaria na minha lista de favoritos.
Seu livro preferido era o mesmo e isso seria chato demais. E eu não achava mais
formas de afirmar que de jeito nenhum você fazia o meu tipo.
Mas
no fundo você sabia que eu estava mentindo e sabia também que você era o tipo certo, o tipo que faz o meu tipo.
2 comentários:
Amei demais, você escreve como uma deusa *-*
obrigada né :3
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