Caramba, de novo

Que isso amigão funciona. Não você não, tô falando com o cérebro. Coração, você já me ferrou demais por hoje. Ok, coloca nossa música favorita de novo e de novo, ela dura 4 minutos, tempo suficiente para que eu possa arquitetar outro plano – para conseguir chegar mais perto e pelo menos conseguir tocar a sua pele. Eu preciso disso. Caramba. Essa música, nesse momento não ajuda em nada, só me deixa mais perdido. Já sei, vou mudar. Qualquer música, menos essa. Como era mesmo o nome daquela música que ela disse que adorava?

Enfim, ela está com aquele perfume doce que me enlouquece. Enlouquece não, que me faz perder a linha. Do que mesmo eu estava falando? Ah, manter a marra. Bom, é assim que ela quer brincar, vamos ver até onde isso pode durar. Mudo de música novamente. E o olhar de desaprovação dela confirma: a música não é propícia, ou é? Nossa como eu amo esses olhos confusos que me analisam em mistério, como eu daria tudo para decifrar o que ela esconde em sua mente. Mas ela é indecifrável. Tem algo nela que eu nunca vou entender. Talvez a sua seriedade ou seu jeito de lidar com tudo. Esse jeitinho...

Cara, ela me enlouquece e não sabe. Ela acha que eu sou do tipo que não se importa, que só tem frases, atitudes zero. Ela está errada. Quando ela dorme em meus braços eu conto todos os batimentos e ouço sua respiração, é fascinante. É como se ao mesmo em que você tem seu mundo nos braços, você pode ouvi-lo. E ela não se dá conta.

Garota insolente. Caramba. Não tem nada do outro lado da janela, olhe para cá. Odeio olhares dispersos. Caramba, de novo. Eu te amo. Garota da minha vida.

Um dia você vai entender porque eu mudo para não ouvir nossa música preferida, você vai entender porque eu me afundo atrás desse livro para poder te ver olhando disfarçadamente para mim. Um dia você vai entender porque quando você dorme, acorda em meus braços. E tomara que um dia você não precise que eu escreva que te amo. Você pode ler isso em meus olhos.