05/08/2012

Só mais uma boba diante um grande amor


Já ouvi várias vezes, centenas de pessoas dizendo que eu sou assim, letal. Não que eu vá mesmo matar alguém ou algo do tipo. Claro que não - ou sim - Assim como também já ouvi outras muitas vezes, comentários sobre meu gênio que combina perfeitamente com minha força de espírito. Pode até ser verdade, confesso que muitas vezes até me orgulho de mim mesma, porque é engraçado que alguém como eu, alguém que sempre arranja encrenca, alguém que em qualquer problema federal, a culpa é mim, consegue se mostrar forte diante de tudo e de todos.

Menos de você.

Diante você, eu baixo a guarda, saio da defesa. Troco minha carranca por uma cara de lunática, tiro a pose de marrenta e simplesmente me transformo em uma garotinha mesquinha apaixonada de colegial. Até a minha voz forte sai e dá lugar á um suspiro idiota, e ás vezes até um simples "ahaan" me entrega - é amor - mesmo que não seja, o suor que corre despercebido pela minha testa e o estremecer da minha espinha são indícios dessa doença altamente viciante.

E não sei como controlar.

É só você se aproximar e PAFT! Eu não sou mais eu! Sou apenas uma boba a mais nesse mundo. É estranho para mim, principalmente porque eu, que sempre tenho a respostas na ponta da língua, irônica ou não, eu sempre tenho algo á dizer ou á provocar... já com você. Nada. Ás vezes acredito que nem meu nome eu sei mais em uma hora dessas. Até o ar me falta.

Será que sou mais uma idiota nesse mundo de apaixonados?

Odeio ter que admitir minha fraqueza quando estou ao seu lado, me sinto frágil, ansiando por proteção  - sua, é claro - enquanto que, na vida real, ou melhor, ainda na vida real, mas longe de você, eu tenho o extinto ameaçador, super protetor. Não, essa menina frágil com voz de criança no jardim de infância não sou eu. É uma cópia, muito mal feita por sinal! Quem sou eu afinal diante de você?

Não, não quero mais parecer essa tola na sua frente, também não quero que você me ame. Não se for para você amar um rostinho bonito que muitas vezes nem expressão tem. Não quero que me ame enquanto dou essas gargalhadas histéricas, ou então quando suspiro alto quando você mexe em meus cabelos. Eu quero que você ame minha força, minha inteligência, minha coragem e acima de tudo: minha alma. Quero que quando olhar no fundo dos meus olhos, seja verdadeiro e será eu quem estará lá, olhando para sua alma, não essa boba que me sequestrou de mim mesma.


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