27/05/2012

Multidão


Eu sempre escrevi em meu diário que o meu "príncipe encantado" viria me salvar, ele, em todas as minhas fantasias era como nos livros, lindo, forte, corajoso, rico e apaixonado. Nunca fui aquele tipo de garota que acredita em contos de fadas, mas ele teria que ser tão especial quanto nos livros de capas bonitas da minha estante. E assim como nos livros, minha história seria tão previsível que até direito á um "Viveram felizes para sempre" teria escrito em alguma parte da nossa vida.

Mas caí na real. O cara certo para mim não é aquele que viajou pelos desertos mais escaldantes ou pelo mares mais esbravejantes. Ele também não é aquele que vem de um reino tão, tão distante ou de um castelo encantado. ele só precisa ser 1 em 7 bilhões, aquele que vai marcar e fazer toda a diferença na minha vida. Aquele que vai ouvir minha música preferida e dizer que é a pior música do mundo, mas que ainda assim me ama.

Não preciso encontrar meu príncipe após morder uma maça envenenada ou depois de ter dormido profundamente durante 100 anos. Não preciso encontrá-lo no quarto mais alto da torre mais alta ou quando eu estiver perdida na floresta escura.  Ele só tem que ser aquele 1 em 7 bilhões, aquele que quando eu estiver atrasada á caminho da faculdade, vai esbarrar em mim e derrubar todos os meus livros, me deixando furiosa. Ele vai pedir desculpas com aquele sorriso lateral que eu tanto amo, virar as costar e ir embora. Talvez eu nunca mais o veja. Não se eu não deixá-lo ir, puxá-lo pelo braço e escrever meu número de telefone na capa do seu  livro de Química. Talvez eu não te abrace por vergonha, mas nessa hora, eu terei certeza de que encontrei no meio de uma multidão meu príncipe encantado, que ao invés de um cavalo branco e uma espada, ele veio com um sorriso lindo e um coração enorme.


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